segunda-feira, 30 de julho de 2007

CULTURA E LIBERDADE


Saber é muito importante, mas saber o quê?
Dentro de um sistema de vida como o nosso, fruto do acúmulo de experiências seculares e de sapiencias milenares, muitas e tantas culturas se mesclaram, se fundiram e evoluiram. Evoluiram para onde e de quê forma?
Num mundo em que tradições parecem se chocar frontalmente com uma imensidão de valores descartáveis, meramente consumistas, onde foi parar a cultura? Como saber que se tem cultura, será que é importante ser culto?
Sim, a cultura tem vários tons, se extratifica em várias camadas, do popular ao erudito do folclore ao clássico. Que tipo de cultura você produz ou consome?
Ser livre e ter possibilidade de consumir cultura não significa necessariamente que se tenha noção daquilo que se consome. Muitas vezes somos "seres no notion" (inclusive o Mano Changes se elegeu deputado aqui no Rio Grande com o slogan: não vote em candidatos no notion). Não sabemos o que consumimos e, sendo assim, que liberdade efetivamente temos? O signo de Aquário nos fala de cultura, de ecologia, de convivência coletiva, de amizade. Que bom será se a Nova Era nos trouxer uma nova consciência de cultura, a capacidade de resgatar a liberdade de saber-se culto, de realmente ter noção do seu próprio consumo e daquilo que , a partir deste saber, possa ser produzido como cultura. A questão aqui é que tudo que se produz está dentro de uma cultura mas , nem tudo que se produz é cultura.....ou vice versa, é meio dialético esse negócio.
Se não temos senso próprio somos facilmente influenciados pelo meio chegando muitas vezes a sermos engolidos pela cultura, perpetuando algo inconscientemente, mantendo vivas determinadas atitudes mecanicamente sem o devido questionamento enriquecedor., às vezes omitindo-se a própria capacidade individual de contribuir na formação crítica desta mesma cultura.
É possivel que a liberdade demore bastante para chegar porque exige um trabalho anterior de auto-análise e de busca interna para que se possa identificar o que realmente impede a minifestação da nossa liberdade pessoal. Também ter um interesse real em ser livre, descondicionar-se das recompensas ou de esperar um mero reconhecimento das imitações bem feitas. Demora esse processo.....em qualquer lugar que se vá, do metrô ao aeroporto, do mercado público ao teatro municipal percebe-se a pasteurização cultural acontecendo tanto no comportamento das pessoas como nos eventos e produtos oferecidos.
Dói o mecaniscismo, dói o zumbitiamento coletivo, dói o desperdício de materias primas para a produção sem fim de quinquilharias fúteis......dói! E dói também o apego a um eruditismo babaca e podre que já perdeu todos os sentidos do senso de importância. Há que se ter "classe" , nem que seja para atirar na cabeça de quem não sabe mais gritar e já nem se desespera mais!!!
É preciso agradecer muito , rezar muito, quando se tem capacidade de escolha e de discernimento........agradecer muito porque facilmente podemos perdê-la, sim , ela vai embora, escoa das mãos como areia e voltamos a repetir padrões viciados!!
Ai, ai....mas é bom quando se sente um pouco de liberdade.....é bom para a cultura, ou é bom quando se busca um pouco de cultura real , daí talvez a liberdade real também apareça ..........engrandece a alma.....que não é pequena!
Eduardo Krug

Um comentário:

laysa disse...

coloque as culturas e não o que é as culturas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!